Enquanto o BBB 25 terminou com fama de "Big Bocejo Brasil", a sétima temporada do Power Couple Brasil mal começou e já entregou mais barraco, gritaria e reviravolta do que os 100 dias de convivência pacífica no reality da Globo. Em pouco mais de uma semana, o confinamento de casais da Record mostrou que ainda dá para ter entretenimento raiz na TV aberta.
Até agora, as brigas já envolveram assuntos que vão de divisão da carne até uso de creme nos pés. Logo na estreia, Gretchen defendeu o marido Esdras com sangue nos olhos e ameaçou trazer à tona sua antiga versão barraqueira. Isso antes de dizer que não queria confusão na casa porque "não tem idade para isso" --uma contradição que a web não perdoou.
O circo, entretanto, não tem somente a rainha do rebolado como protagonista. Rayanne Morais e Victor Pegoraro, por exemplo, já definiram quem serão seus rivais no jogo e miraram em Francine Piaia e Júnior. As tretas entre os quatro começaram após a ex-BBB acusar a atriz de não estar mentindo sobre sua vivência como Miss Brasil.
O nível de ranço entre os participantes já escalou a ponto de os casais debateram a divisão de alimentos e as tarefas da casa, além de reclamarem da falta de higiene no confinamento. Fora o Quebra-Power, dinâmica que despertou o lado raivoso de todos os confinados --e que rendeu choro ao vivo até por causa da grafia do nome de Gretchen.
E não são somente os rivais que discutem: os parceiros também já estão sentindo a pressão do confinamento, com a impressão de que esqueceram que estão sendo observados 24 horas por dia. É o caso de Antony e Ana Paula, que tiveram uma das maiores brigas da temporada até então após perderem uma prova.
O caos orgânico torna cada D.R. cada vez mais imprevisível, e o programa apresentado por Felipe Andreoli e Rafa Brites mais interessante de seguir.
Em comparação ao Big Brother Brasil, o elenco do Power Couple entendeu que o reality não é um retiro espiritual nem um resort para passar férias. Enquanto a Globo entregou a temporada de pior audiência do programa com participantes apostando em uma convivência baseada na paz e no amor, a pressão da convivência dos casais tem feito algumas pessoas explodirem.
No primeiro BBB sem J. B. Oliveira, o Boninho, foram necessárias intervenções claras da produção e da direção para que o reality pudesse render. Ao forçá-los a debaterem no Jogo da Discórdia e até levarem Renata Saldanha para a casa de vidro para receber informações externas, o reality perdeu credibilidade e afastou o público engajado.
Enquanto o BBB 25 perdeu a essência e virou um spa, o Power Couple já começou como um ringue de luta, e até então tem entregado o que a audiência mais quer: conflito e imprevisibilidade. Que continue assim!
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